domingo, 1 de março de 2015

Resenha: As vantagens de ser invisível



Título: As vantagens de ser invisível 
Editora: Rocco
Autor: Stephen Chbosky
Páginas: 244


Sinopse: Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se é real ou imaginário.

Em As Vantagens de Ser Invisível conhecemos Charlie, um

 adolescente de 15 anos, que está começando amadurecer 

e explorar a vida. Ele tem muitos desafios para enfrentar: o 

recente suicídio de seu único e melhor amigo, as

dificuldades escolares, seu primeiro amor e suas próprias 

questões existenciais. Entre tudo isso, ele precisa descobrir 

quem ele é e a que lugar pertence, e, acima de tudo, Charlie

quer deixar de ser apenas um expectador e começar a atuar

em sua própria vida.

     Quando ele conhece Sam e Patrick, dois irmãos que,

como típicos adolescentes, acreditam em aproveitar a vida, 

a rotina de Charlie passa por muitas mudanças. Ele aprende

sobre amizade, sobre como enfrentar situações totalmente 

novas, e como conviver com pessoas que são 

completamente diferentes dele. Charlie embarca em um 

processo de mudança e aprendizado incrível, nos levando 

juntamente com ele – e, sem mais, nos fazendo sentir 

infinitos.

Tenho apenas uma ressalva com o livro, que é o 

modo como terminou. Não foi um final ruim, apenas 

deixou muitas lacunas a serem preenchidas. O autor

resumiu toda a complexidade de Charlie em um fato,

— que apesar de forte, não deveria definir a vida 

inteira dele. Ele também não deixou claro se Charlie 

sofre ou não algum distúrbio, o que parece ser 

certo devido ao fato de que, ao decorrer da história,

ele tem algumas crises e se comporta de maneiras

um tanto anormais.

É difícil expressar em palavras como esse livro me 

tocou. Eu ri, chorei e senti como se estivesse  

vivendo as situações que me foram descritas. A 

abordagem singular é um diferencial, e talvez, por

isso, não seja uma obra que todos consigam gostar 

ou compreender, já que conta com pontos profundos

e até um tanto poéticos.