Título: As vantagens de ser invisível
Editora: Rocco
Autor: Stephen Chbosky
Páginas: 244
Sinopse: Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se é real ou imaginário.
Em As Vantagens de Ser Invisível conhecemos Charlie, um
adolescente de 15 anos, que está começando amadurecer
e explorar a vida. Ele tem muitos desafios para enfrentar: o
recente suicídio de seu único e melhor amigo, as
dificuldades escolares, seu primeiro amor e suas próprias
questões existenciais. Entre tudo isso, ele precisa descobrir
quem ele é e a que lugar pertence, e, acima de tudo, Charlie
quer deixar de ser apenas um expectador e começar a atuar
em sua própria vida.
Quando ele conhece Sam e Patrick, dois irmãos que,
como típicos adolescentes, acreditam em aproveitar a vida,
a rotina de Charlie passa por muitas mudanças. Ele aprende
sobre amizade, sobre como enfrentar situações totalmente
novas, e como conviver com pessoas que são
completamente diferentes dele. Charlie embarca em um
processo de mudança e aprendizado incrível, nos levando
juntamente com ele – e, sem mais, nos fazendo sentir
infinitos.
Tenho apenas uma ressalva com o livro, que é o
modo como terminou. Não foi um final ruim, apenas
deixou muitas lacunas a serem preenchidas. O autor
resumiu toda a complexidade de Charlie em um fato,
— que apesar de forte, não deveria definir a vida
inteira dele. Ele também não deixou claro se Charlie
sofre ou não algum distúrbio, o que parece ser
certo devido ao fato de que, ao decorrer da história,
ele tem algumas crises e se comporta de maneiras
um tanto anormais.
É difícil expressar em palavras como esse livro me
tocou. Eu ri, chorei e senti como se estivesse
vivendo as situações que me foram descritas. A
abordagem singular é um diferencial, e talvez, por
isso, não seja uma obra que todos consigam gostar
ou compreender, já que conta com pontos profundos
e até um tanto poéticos.